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Lula faz críticas sobre venda de ativos da Petrobras e diz que quer recuperar indústria naval
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Lula recordou que a descoberta do pré-sal em 2007, foi resultado de investimentos em tecnologia. O país tornando a Petrobras 'a empresa mais preparada para retirar petróleo em águas profundas'.
- Por Camilla Ribeiro
- 02/04/2024 21h53 - Atualizado há 6 meses
O presidente Lula(PT) teceu críticas sobre as privatizações de empresas do grupo Petrobras realizadas pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e também as tentativas de desmontar o sistema produtivo da empresa.
De acordo com Lula, o governo federal também está se esforçando para tentar recuperar a companhia e a indústria naval brasileira.
O presidente disse também que ao assumir o governo federal pela primeira vez, em 2003, estabeleceu a meta de que 70% dos navios brasileiros e componentes seriam de produção nacional.
Portanto, na atividade de exploração de petróleo, as empresas petrolíferas, por exemplo, a Petrobras, demandam a atuação de muitos embarcações como as plataformas exploratórias, os navios petroleiros para o transporte do produto e também navios de apoio à produção.
De acordo com Lula, o aluguel de navios estrangeiros atrapalha a criação de empregos e a atuação de pequenas e médias indústrias no Brasil.
Essa atitude justifica o crescimento da economia nacional para que possa mudar esse cenário.
O presidente fez essa declaração nesta terça-feira (2) durante cerimônia de anúncio do início das obras de dragagem do Canal de São Lourenço, em Niterói (RJ).
“Eles não tiveram coragem de privatizar a Petrobras, porque teriam que passar pelo Congresso, então começaram a vender ativos, como venderam o gasoduto, a BR [Distribuidora] e uma empresa de gás que a gente tinha, porque o objetivo era desmontar o sistema produtivo da Petrobras”, disse o presidente.
O presidente recordou que investimentos em tecnologia da Petrobras resultou na descoberta do pré-sal em 2007, grande reserva de petróleo em águas profundas no mar territorial do Brasil.
“A partir do pré-sal, começamos a entender que poderíamos fazer da Petrobras o futuro deste país da nossa juventude”, afirmou o presidente.
Como está a situação da Petrobras
As ações da empresa despencaram em resultado de uma disputa interna pelo controle da empresa exposta na crise provocada pela distribuição de dividendos extraordinários, que foi cancelada por decisão de membros do Conselho de Administração da estatal ligados ao governo.
De acordo com alguns especialistas, o movimento do governo irritou investidores, causou prejuízo para os cofres do Tesouro Nacional, e pode prejudicar ainda mais em outros processos na Receita Federal.
A diretoria comandada por Jean Paul Prates, apresentou uma proposta de distribuir entre os acionistas metade dos dividendos extraordinários, cerca de R$ 3,5 bilhões.
No entanto, os conselheiros que representam o governo votaram contra e tiveram o apoio da representante dos funcionários.
O presidente da estatal não votou e os quatro conselheiros que representam os minoritários votaram a favor da proposta da diretoria, que acabou rejeitada mesmo assim.
De acordo com assessores presidenciais a ideia de barrar a distribuição dos dividendos tinha o objetivo de destinar esses recursos para investimentos.